O porquê de vivências na Associação Sítio Terapia. Vinícius faz parte!

Um potencial importante e até agora não utilizado de compreensão e ajuda poderá ser explorado quando for dada menor importância à determinação de ver a deficiência infantil simplesmente como uma doença que deve ser remediada. 

Podemos ver uma criança deficiente como um artista que tem que tocar um instrumento em más condições. Mesmo quando pedimos ao melhor pianista que toque em um instrumento com defeito ou desafinado, sua performance será falha. Aqueles ouvintes que tem pouca experiência musical pensarão que ele é um mau artista. 

Por outro lado, se alguns ouvintes tem sensibilidade musical e conhecem a peça que o artista está executando, perceberão suas intenções e interpretações. Eles podem até mesmo sentir imenso prazer e satisfação com relação à sua performance, pois entendem seu significado e compartilham das experiências do artista no que diz respeito a essa determinada peça de música. O artista, percebendo prazer e compreensão nas expressões faciais de seus ouvintes, naturalmente será estimulado a das o melhor de si.

Nosso relacionamento com uma criança perturbada ou deficiente equivale ao relacionamento entre o artista e seu público. Nossa falha ao compreender  e avaliar uma criança não só necessariamente afetará suas intenções de se expressar, mas também prejudicará seus meios de expressão.

Mas se nós nos esforçarmos para ver as qualidades espirituais de uma criança como sendo ilesas e perfeitas, isto, por si só, estimulará seu desenvolvimento e sua habilidade de se expressar.

As obras acima foram desenhadas e confeccionadas em momentos distintos pelo Vini.

Fonte: Weihs, Thomas J. “Crianças que Necessitam de Cuidados Especiais”. Editora Antroposófica